Kroton Não Vê Espaço Para Queda de Margens em 2016

11/04/2016
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A Kroton não vê espaço para queda das margens de lucro em 2016, mesmo diante de um cenário econômico adverso, enquanto projeta base de alunos no primeiro semestre estável, disse o diretor-presidente da companhia de educação, Rodrigo Galindo, nesta terça-feira.

"Obviamente, se a gente tivesse um cenário menos difícil, certamente haveria espaço para melhoria de margens. A gente tem conforto de que consegue neutralizar os efeitos adversos do cenário econômico na linha do Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização)”, afirmou o executivo.

A Kroton terminou dezembro com 1,02 milhão de alunos de ensino superior, redução de 3,8% ante o trimestre imediatamente anterior e alta de 3,7% sobre o quarto trimestre de 2014.

“Os processos de captação e rematrícula estão em andamento e a previsão de conclusão é em meados de abril... A gente espera que a base de alunos gire em torno da estabilidade”, disse o executivo, referindo-se a matrículas para os ensinos presencial e a distância no primeiro semestre.

A companhia divulgou mais cedo nesta terça-feira lucro líquido ajustado de 408,8 milhões de reais no quarto trimestre, avanço de 21,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Apesar de afirmar que não vê sobressaltos da inadimplência este ano, o diretor financeiro da Kroton, Frederico Abreu, afirmou que a companhia possui um “grau de provisionamento robusto e conservador” e está preparada em caso de um 2016 mais desafiador em relação a este indicador.

A taxa de evasão na graduação no ensino presencial ficou em 2,7%, ante 3% no quarto trimestre de 2014. No ensino a distância, a evasão ficou em 5,2%, estável na mesma base de comparação.

“Há uma evolução consistente nos indicadores de evasão, inadimplência, preços. Isso confirma que a Kroton tem estratégias eficazes para diminuir os efeitos da crise”, acrescentou Galindo.

A mensalidade média líquida do ensino presencial foi de 705,29 reais no segundo semestre, alta anual de 9,5%.

No ensino a distância (EAD), foi de 241,12 reais, recuo de 5,4%, na mesma base de comparação.

Para este ano, a expectativa de Galindo para o ensino presencial é de aumento em linha com a inflação, e ligeiramente abaixo, no caso do EAD.

Fonte: Revista Exame


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